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Bolo de Tapioca Pernambucano - Museu do Açúcar e Doce

Bolo de Tapioca de Pernambuco

Texto e Fotos por Eduardo Gazal

 

Entre os bolos da doçaria pernambucana, o bolo de tapioca é o que apresenta uma textura totalmente diferenciada.

Ao olhar, notamos pequenos gominhos e, na boca, a sensação gustativa nos remete aos docinhos conhecidos como balas de goma.

O sabor não é muito adocicado, é uma surpresa em relação aos outros bolos de Pernambuco. Acredito que esta receita foi elaborada devido às misturas de saberes dos ameríndios sul-americanos da costa do Oceano Atlântico com os nativos da África que vieram para o Brasil.

Não enxergo neste bolo a tradicional doçaria portuguesa.

Como geralmente as receitas desta iguaria recebem o coco ralado fresco, ao final da degustação, nosso paladar é dominado pelas nuances de sabor do coco, sem dúvida uma combinação muito interessante.

O bolo de tapioca não é muito conhecido, aparece nas padarias mais tradicionais, em algumas ocasiões.

 

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INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN

Para as pessoas que necessitam de uma dieta com restrições ao glúten, esta receita pode ser adicionada ao cardápio.

Os ingredientes básicos são a goma de tapioca fresca, o coco ralado, o leite, o açúcar e uma pitada de sal.

Algumas receitas mais modernas utilizam o leite condensado e, neste caso, o sabor do bolo sofre uma interferência mais adocicada.

Atualmente, a goma de tapioca aparece em várias regiões do Brasil e substitui a farinha de trigo em diversas preparações.

 

Eduardo Gazal: eduardogazal@gmail.com

Amêndoa confeitada

O Eid-e-Qorban é celebrado no final do Haj, a peregrinação até Meca, quando familiares e amigos vão visitar uns aos outros para tomar chá e compartilhar doces e, em especial, as amêndoas confeitadas – noql. Antes do islamismo, os afegãos celebravam o Ano Novo no vernal equinox – Equinócio de Março –, dia 21, onde há grande variedade de doces, e de amêndoas confeitadas, feitas para se aguardar a visita dos participantes da festa. As amêndoas confeitadas também têm um importante papel nos casamentos tradicionais Afegãs, pois simbolizam fertilidade e prosperidade.

 

Foto de Jorge Sabino

 

Pérsia (Irã e Iraque), Afeganistão, Turquia, Síria, Jordânia, Tunísia, Marrocos; Grécia, Itália, Portugal; assim esse doce viajou do Oriente e chegou na Europa como uma forma de presente e de bons votos para celebrar também os nascimentos, os batizados, e a Páscoa, e todos estes ritos estão relacionados com a fertilidade. Em Portugal, a amêndoa confeitada foi chamada também de confeito, quando à época do episódio citado na Carta de pero Vaz de Caminha, em 1 de maio de 1500: ‘Deram-lhe ali de comer, pão e peixe cozidos, confeitos, fartéis, mel, figos passados (…)’.

 

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