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As barracas de frutas de Alhandra - Museu do Açúcar e Doce

As barracas de frutas de Alhandra

No caminho entre a Paraíba e Pernambuco, trafegando pela rodovia federal BR 101, quase na divisa entre os dois Estados, encontramos o município de Alhandra. Na localidade de Mata Redonda aparecem as barracas de frutas. São pontos multicoloridos na estrada que chamam nossa atenção. Em viagens noturnas, são apenas estruturas rústicas de madeira à beira da estrada, mas durante o dia, quando recebem suas mercadorias, enfeitam e embelezam o caminho.

manga - Museu do Açúcar e Doce

A doce e versátil Manga

Texto e Fotos por Eduardo Gazal
(Fotos Manga Espada, Manga Tommy e Suco de Mangas)

 

Atualmente, a manga aparece entre as frutas tropicais de maior consumo para os brasileiros e é conhecida em todos os continentes. A manga é a sétima cultura vegetal mais plantada no mundo e a terceira mais cultivada nas regiões tropicais do planeta.
Originária no sudeste asiático, foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no período das grandes navegações do início do século XVI.
É uma fruta com sabor e aroma muito marcantes, além de ser grande fonte de vitaminas, carotenoides e carboidratos, portanto muito funcional.
Existe uma grande diversidade de espécies, com sabores e cores diferenciadas.
Nesta publicação destacamos a manga de quintal, muito popular na região Nordeste do Brasil, a conhecida Manga Espada. Mostramos também uma variedade que encontramos nos pontos de abastecimento de vegetais e feiras, denominada Manga Tommy.
Na maioria dos casos é saboreada in natura, mas encontramos também na composição de sucos, compotas, geleias e sorvetes.

 

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Doces de Manga do Brasil e de Goa

Escolhemos algumas receitas tradicionais que resgatamos do livro “Açúcar” (1939), de autoria de Gilberto Freyre, pesquisador pioneiro dos registros culinários. Podemos fazer comparações entre os métodos de preparação e ingredientes, notando sempre a presença do açúcar extraído da cana e as mangas dos trópicos asiático e americano.
A primeira receita, muito simples, é descrita da seguinte forma:
Doce de Manga  
Descasca-se a manga e corta-se em talhadas. Faz-se um mel ralo (calda), põem-se dentro as talhadas, que se levam ao fogo para se fazer o doce. Quando o mel se mostra em ponto de fio brando o doce está pronto.
No anexo de número 2, do livro de Gilberto Freyre, encontramos um capítulo com o seguinte título: “Receitas de Doces e Bolos Recolhidas em Goa (Índia Portuguesa)”. Escolhemos as receitas abaixo:
Doce de Fatias de Mangas
É preciso 1/2 quilo de açúcar para 1/2 quilo de fatias de mangas descascadas e limpas. Faz-se numa vasilha o mel em ponto de pasta, deitam-se as fatias e deixam-se cozer por uns 20 minutos. Passados uns 4 dias, torna-se a levar ao lume para se dar uma fervura. O frasco onde se conservam as fatias deve ser bem arrolhado.
Mangada (Outro Doce de Mangas)
Para 6 1/2 quilos de massa coada de mangas douradas, são precisos 4 quilos de açúcar. Tirada a massa, mistura-se com o açúcar e leva-se ao lume numa vasilha grande e deixa-se cozer, agitando sempre com uma colher de pau até engrossar.

 

Saiba Mais

Tabu Alimentar
Conheça a Mangusta, um prato contra o tabu alimentar do leite com manga, tido como fatal.
Recolhemos o relato no “Dicionário do Folclore Brasileiro”, de autoria de Luís da Câmara Cascudo, que teve sua primeira publicação em 1954.
Transcrevemos abaixo:
“Comida do Ceará, da região do Cariri. Mangusta é lanche ou merenda. Numa panela de água põem-se algumas mangas (Mangifera indica,Lin.) colhidas de vez, perto de amanhecer, e cozem-nas. Esfriadas as mangas, cortadas em fatias, são passadas por uma urupema, ficando pureia de mangas. Com açúcar e leite frio à vontade, ficando a mangusta mais grossa ou mais fina, serve-se”.