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Pão-de-Ló-de-Ovar Museu do Açúcar e Doce Foto de Eduardo Gazal

Pão de Ló de Ovar

Texto e Fotos de Eduardo Gazal

 

Conheci esta iguaria portuguesa no Recife, em um momento em que estava pesquisando sobre o Pão de Ló como conhecemos no Brasil. Não sabia da existência deste doce na versão que leva a designação de “Ovar”, até encontrar o proprietário da Padaria Augusta, localizada no Recife, o português Paulo Coelho.

Em nossa conversa inicial, Paulo me apresentou o Pão de Ló de Ovar e relembrou momentos de sua infância; sua memória afetiva se aflorou e nos remeteu à forma de saborear o doce, utilizando colher em vez de garfo e faca; além de harmonizações possíveis para esta iguaria portuguesa.

O Pão de Ló de Ovar pode ser o responsável pela finalização de um almoço ou jantar, sendo que para escoltá-lo, o Vinho do Porto será sempre um grande companheiro. Também poderá ser acompanhado de queijos. Paulo se recorda do Queijo da Serra de sua terra natal.

Realmente, o Pão de Ló de Ovar é muito diferenciado dos inúmeros pães de ló que já experimentei. Sua textura é úmida, com uma cobertura dourada e um pouco crocante. O sabor lembra os tarecos e cavaquinhas portuguesas. Não apresenta uma doçura extrema e pode receber acompanhamentos, pelo menos aqui no Brasil, de doce de leite ou geleias variadas.

Com estas variações, torna-se um excelente item no café da manhã ou lanche vespertino.

 

 

Saiba Mais

Incluímos nesta publicação o “Caderno de Especificações do Pão de Ló de Ovar” com seu registro de Indicação Geográfica Protegida (IGP).
Documento assinado pela APPO – ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE PÃO DE LÓ OVAR, em Portugal, datado de Maio de 2012.

Abaixo reproduzimos os temas abordados no documento e um link direto para conhecer a complexidade do processo de registro da iguaria portuguesa.

Conheça alguns itens necessários ao registro de IGP, como método de preparo e serviço de embalagem:

  • Nome do Produto;
    Descrição e definição do Produto;
    Características das Matérias primas;
    Características Físicas e Sensoriais;
    Características Químicas e Microbiológicas;
    Delimitação da Área Geográfica;
    Área Geográfica de Produção de Matéria Prima;
    Área Geográfica de Fabrico e acondicionamento do Produto;
    Garantia sobre a Origem Geográfica do Produto;
    Modo de Produção;
    Apresentação do Produto;
    Acondicionamento do produto;
    Comercialização do Produto;
    Elementos específicos da rotulagem relacionados com a Indicação Geográfica;
    Marca de Certificação;
    Rotulagem obrigatória em todas as formas de apresentação;
    Elementos que provam a ligação com o Meio Geográfico;
    Enquadramento geográfico;
    Aspectos históricos e sociológicos do Produto.

Para conhecer, guardar e estudar:

Link direto: “Caderno de Especificações do Pão de Ló de Ovar”

 

 

Fotos – Eduardo Gazal
* Pão de Ló de Ovar produzido na Padaria Augusta, Recife, Pernambuco, Brasil

açucareiro Museu do Açúcar e Doce

Açucareiro

Os objetos da cozinha e do serviço à mesa têm muitas histórias que se integram aos ingredientes e aos ciclos civilizatórios, como do trigo, do milho, das especiarias do Oriente; e do açúcar, entre outros.

E assim, as formas, os usos, e, as funções de utensílios como pratos circulares, garfos, copos, jarros, garrafas, travessas, constituem acervos materiais que possibilitam conhecer as histórias do comer e do beber, nos muitos e diversos rituais de comensalidade.

Com o ciclo do açúcar nasce um utensílio que marca este ingrediente, o açucareiro, um objeto que celebra o sabor doce nas comidas e nas bebidas.

Açucareiro, utensílio para guardar e para servir o açúcar. São muitas e variadas as formas; e os materiais com os quais são feitos os açucareiros: prata, louça, barro, plástico, metal; de materiais especiais como a porcelana “borrão” de Macau, China; entre outas procedências relacionadas a nobreza do serviço, como a inglesa, a portuguesa com a tradição da fábrica Vista Alegre; ainda, os de cristal Murano, Veneza.

Destaque para o caso de um açucareiro feito com ouro, rubis, brilhantes e safiras, que foi confeccionado na antiga Birmânia, atual Myanmar (Ásia), do acervo do Museu do Homem do Nordeste, Recife.

açucareiro Museu do Açúcar e Doce
Foto Jorge Sabino

Dentro dessa diversidade, cada açucareiro traz um significado histórico, seja pela técnica, pelo material, pela estética; ou pela simbolização do poder econômico. Também o açucareiro marca o consumo do açúcar pela nobreza, a partir do século XVI.

O primeiro registro de um açucareiro ocorreu em 1507 em Portugal. Já no século XVII, na Europa integra-se o uso dos açucareiros, especialmente pela nobreza e pelo clero, em virtude da formação dos hábitos de se beber café, chocolate e chá.

E assim, organizaram-se os serviços de chá e de café formados com açucareiro, leiteira, bule, manteigueira, cremeira e xícaras.

RAUL LODY

bolo de mel - Museu do Açúcar e Doce

LEKACH: O bolo de mel e a celebração do Rosh Hashaná

As tradições religiosas são marcadas por muitos e diferentes rituais que buscam reativar as memórias ancestrais, fortalecer as hierarquias, e legitimar os lugares sociais das pessoas.

E as comidas preparadas para os rituais revelam as suas tradições religiosas, pois são referências históricas, míticas e sacrificiais, que têm o objetivo de aproximar as pessoas do que é divino e sagrado.

Os cardápios religiosos também selecionam ingredientes e processos culinários que estão abastecidos de significados e de vinculações com o tema de cada celebração.

Assim, as experiências com o sagrado são afirmadas pelas comidas e pelos seus oferecimentos, tanto nas maneiras ritualizadas de consumi-las quanto nas possibilidades de comunicação que elas criam entre a pessoa e do divino.

Na religião judaica a celebração do “Rosh Hashaná”, o ano novo, marca-se por comidas especialmente doces, com variados preparos, e que têm a presença dominante do mel de abelhas.

O ano novo celebra o nascimento do universo e a criação de “Adam” – Adão –, e “Chava” – Eva – por D’us. Em 2020, os judeus comemoram o ano 5780. E o significado simbólico do doce é marcado nas comidas rituais do ano novo, num desejo de que o ano que se inicia seja doce.

Na mesa do ano novo tem-se a maçã, in natura, para ser comida com mel de abelha; o pão e o bolo de mel; a romã para ser consumida in natura; e, pães especiais como o “chalá”; o vinho tinto kosher. Também há certos ingredientes que fazem parte de diferentes preparos, tais como: feijão roxinho, abóbora, acelga, alho-poró, cenoura, entre outros.

Ainda, o bolo de mel é preparado com farinha de trigo, fermento, canela, cravo-da-Índia, noz-moscada, sal, óleo, açúcar mascavo, extrato de baunilha, café coado, suco de laranja, e mel de abelha. E ele é consumido na refeição ritual do ano novo, sendo um prato fundamental para expressar a fé e a comensalidade religiosa. E com todo esse cardápio doce, nós desejamos os nossos melhores votos de “Shana Tová Umetuká”.

Raul Lody

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Conservas: para preservar os sabores das frutas

Os árabes difundiram o uso do açúcar na medicina, na culinária e na doçaria. Na península ibérica, especialmente em Portugal, por causa da influência Magrebe, no final da Idade Média já havia o ofício de conserveiro.

Preservar para além da sua estação. O açúcar encontra a fruta, que libera a sua pectina, é a alquimia da conservação. Assim, as conservas de frutas, de um uso apenas medicinal, ganham fama nas mesas dos grandes banquetes no período da Renascença motivados pela fama de Nostradamus e de Catarina de Medicis.

A sabedoria alquimista apresentada a Nostradamus em Milão (1549), faz com que ele publique em 1552 “Traité de Ferdments et Confitures”, que à época foi um grande sucesso.

A conserva é uma forma de dar humor à fruta com água e açúcar, àquela que é demasiado amarga, dura demais, ou que temos em excesso.

compotas e conservas - Museu do Açúcar e Doce
Foto de Jorge Sabino

Brillat-Savarin diz em sua obra “A fisiologia do gosto”:

Misturado às frutas e às flores, fornece as geleias, as marmeladas, as conservas, as gelatinas e os cândis, o que nos permite gozar o perfume dessas frutas e dessas flores muito tempo após a época que a natureza havia fixado para sua duração.”

(BRILLAT-SAVARIN, Jean Anthelme. A fisiologia do gosto. São Paulo: Cia. Das Letras, 1995. Pag. 105)

Seja compota – fruta inteira em xarope –; doce – normalmente para corte –, ou geleia – textura cremosa, aveluda e brilhante, a conserva de fruta nos acompanha há muitos séculos, e esta história está dentro de potes que fazem parte das nossa mesas todos os dias acompanhado as nossas refeições.

Jorge Sabino

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Caju e seus doces sabores

O cajueiro Anarcadiáceas,, apresenta-se com quinhentas espécies conhecidas, entre elas a Anarcadium Occidentale L., considerada como uma árvore quase sagrada no Brasil, na Mata Atlântica do Nordeste. Muitos dizem que o caju é a fruta mais brasileira de todas.

Além do consumo da fruta in natura há muitos outros aproveitamentos na culinária enquanto doce, vinho, castanha assada, na receita de bolos como o pé-de-moleque, um bolo que integra a mesa festiva do ciclo junino.

Além das formas doces: em calda, como passa destacando o açúcar da fruta, a tão celebrada passa de caju, está ainda em pratos salgados, destacando-se a famosa moqueca de maturi.

As bebidas feitas de caju também ampliam possibilidades gastronômicas e comerciais como a conhecida cajuada – suco de caju, ou na maneira industrial a cajuína e o vinho de caju, além do licor e outras criações no artesanato culinário da fruta.

 

cajueiro Museu do Açúcar e Doce
Cajueiro, pintura de Albert Eckhout, século XVII, Museu Nacional da Dinamarca, na foto by Jorge Sabino

 

Como um exemplo de doce tradicional, trago o doce de caju à moda de Pernambuco

“Escolhem-se cajus, que não estejam muito maduros, e que sejam sem mácula, e que devem ser descascados com uma casca de marisco, de modo que se tire toda a pele, e os talos, para que o doce não fique preto; piquem-se com um palito, extraindo-se metade do sumo, depois desta operação fervam-se em calda, e logo que tenham fervido, retire-se todo o doce do fogo e feixe repousar até o dia seguinte, a fim de ficar a fruta bem repassada na calda. Depois torna a voltar tudo ao fogo, para tomar o competente ponto. Retira-se, e guarde-se em vasilhas.” (Açúcar, Gilberto Freyre)

Raul Lody

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Ghoriba: um biscoito que viaja pelo mundo há mil anos

Qurabiya, kurabiye; ghriba, ghoriba mlowza; sooji ka ladoo; polvoron; entre outros nomes, este biscoito tem a sua receita citada na obra Annals of The Caliphi’s Kitchen, livro que foi escrito a aproximadamente mil anos atrás, e que trata sobre receitas tradicionais do período medieval islâmico.

Ghoriba é um biscoito amanteigado que se espalhou pelo mundo a partir da antiga Pérsia; e apesar dos seus diferentes nomes, a sua receita básica, que é composta de três ingredientes, farinha, açúcar e manteiga, mudou muito pouco durante a sua longa viagem até chegar aos dias de hoje.

Sem dúvida, o simbolismo do doce sempre está associado às grandes celebrações nas diferentes culturas em que está inserido; por isso, este biscoito amanteigado é tradicionalmente servido em momentos especiais como casamentos, batismos, aniversários; e, em especial, na Grécia, e servido no Natal.

Ghoriba Museu do Açúcar e Doce

O escritor Nawal Nasrallah cita no seu livro milenar – Annals of The Caliphi’s Kitchen –, a receita do ghoriba, que grafa como gharïb, com os seguintes ingredientes: açúcar muito fino, e que para isso deve ser passado uma peneira, farinha com alto teor de amido e farelo, e óleo de sésamo, assim dizia a receita de mil anos atrás.

A receita do ghoriba se difunde com o uso de diferentes farinhas e especiarias aromáticas, mas sempre uma mesma base, onde há a manteiga clarificada – ghee –; algumas usam a gordura de porco; o açúcar refinado; e a massa base usada pode ser feita com farinha de semolina, de amêndoas, de grão de bico, de arroz ou de trigo; também, é aromatizada com cardamomo; e água de flor de laranjeira ou rosas, especialmente em Marrocos; ainda, pode-se usar raspas de cítricos como laranja ou limão. Costuma-se colocar amêndoas, pistachos, ou açúcar de confeiteiro para finalizar o biscoito.

Este biscoito chega a Europa pela região da Andaluzia, sendo chamado de polvoron – que se desfaz como pó –; e, assim, começa a fazer parte do cardápio do mundo ibérico.

Em todas as receitas que se difundiram pela Ásia, Oriente Médio, Magrebe, e Europa, os ingredientes, as proporções e o modo de fazer, assemelha-se muito aos famosos biscoitos areis-de-cascais, tão apreciados em Portugal, e que traz as seguintes proporções: 100 g de açúcar, 200 g de manteiga, 300 g de farinha de trigo, e raspas de 1 limão; e nesta receita a canela em pó vai aromatizar e dar a característica de areia para este biscoito amanteigado português.

E, ainda hoje, costuma-se dar as boas-vindas em Tétouan, Marrocos, com este biscoito perfumado para acompanhar o tradicional chá de menta.

Assim, os sabores doces ganham as suas trajetórias, sempre marcadas pela celebração, e pelo significado ancestral da comensalidade.

Jorge Sabino

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Um doce de tabuleiro

Na Bahia e, em especial, na cidade do São Salvador, todos conhecem um tradicional doce feito a punho, o estimado e saboroso “bolinho de estudante” ou “punheta”, que faz parte do cardápio do tabuleiro da baiana, que é também marcado por outros doces como: cocadas brancas e pretas; doce de tamarindo, servido em gamela de madeira; lelê de milho; que se unem as comidas salgadas como: acarajé, abará, vatapá, molho de pimenta – molho Nagô –, entre outras delícias.

O tabuleiro é um conjunto formado pelas comidas e pela baiana, que juntos se tornaram um dos mais notáveis símbolos urbanos de matriz africana; e, por isso, receberam o reconhecimento patrimonial por parte do Estado Nacional, e passaram a ser considerados patrimônio do Brasil.

Doce de Tabuleiro - Museu do Açúcar e Doce
Foto de Jorge Sabino Doce de Tabuleiro – Museu do Açúcar e Doce

O bolinho de estudante, uma receita afro-baiana, certamente ganha este nome por ser frito no final da tarde, hora que os estudantes saem dos colégios, e passam pelas esquinas e adros aonde estão arrumados os tabuleiros.

O bolinho de estudante é um doce feito com massa de tapioca, coco; e depois de frito é polvilhado com açúcar e canela. E necessário grande habilidade para se fazer a receita no momento de manipular a massa, de dar com o punho o movimento certo para que fique macia. Então, modelam-se os bolinhos que são fritos no óleo de milho ou no azeite doce. O bolinho, quando comido, quente, é muito mais saboroso, com sua casquinha crocante.

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Vinho de Jenipapo

Para se obter o vinho de fruta segue-se uma técnica diferente do vinho de uva. Os chamados vinhos de frutas, como, por exemplo, caju, jenipapo, jabuticaba, banana, maçã, mostram as opções de frutas tropicais e exóticas.

Estes vinhos são feitos com frutas muito maduras, para assim se conseguir maiores quantidades de açúcares. Açúcares simples, fermentáveis – frutose, sacarose e glicose –, que são acrescidos de álcool, cola, metabissulfito de sódio, ácido cítrico e água.

Neste processo, aproveita-se exclusivamente o sumo das frutas. O sumo é filtrado para se retirar as partes sólidas, aí então este sumo, “vinho”, permanecerá por quinze dias em fermentação. Esta bebida torna-se muito doce, e é tradicionalmente servida antes de uma refeição, para brindes; para acompanhar sobremesas doces e o café.

licor jenipapo

Estes tipos de vinhos, além de terem fabricação industrial, também têm uma variada e criativa produção artesanal e, muitas vezes, doméstica. Trago como exemplo o vinho de jenipapo, branco e licoroso, da indústria paraibana de Tito Silva, fundada no final do século XIX.

O jenipapo – Genipa americana L. – é uma fruta nativa do norte da América do Sul, e que tem grande valor nutricional, sendo rica em ferro, cálcio; vitaminas B1, B3, B5 e C; também rico em fibras e proteína. Sua extensão, e uso culinário, está também na América central, México e Antilhas. No Brasil, há diferentes tipos de doces, sucos, licores e vinhos, e o jenipapo integra cardápios e hábitos alimentares nacionais.

Destaque nesta produção da indústria de Tito Silva para os rótulos dos seus vinhos de frutas, que são testemunhos estéticos das artes gráficas desta época. São também importantes registros da história da alimentação, e do patrimônio cultural do Nordeste.

Estes rótulos estão reunidos na Coleção Tito Silva, que está sob a guarda da Fundação Joaquim Nabuco no Recife. Assim, trago um dos seus rótulos do início do século XX, que identifica um dos seus produtos mais populares, o vinho de jenipapo.

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Cocada

A saga do açúcar de cana transformou os conceitos e os hábitos alimentares durante a colonização do Brasil; e, a partir daí, foram trazidas muitas frutas do Oriente para cá, como é o caso do coco procedente da Índia.

cocada
Foto de Jorge Sabino

A cocada surge de uma receita que mistura o coco seco com o açúcar, que são levados ao fogo; depois de pronto é posto num tabuleiro para secar. Este doce se torna uma das referências mais imediatas da doçaria brasileira. Contudo, destaque para uma receita tradicional indiana chamada de kobbari mithai, um doce feito com coco seco ralado e rapadura derretida, que são levados ao fogo até ficar pronto; depois, põe-se para secar sobre um tabuleiro; e aí são cortados os quadrados.

No Brasil, a cocada é apreciada de Norte a Sul, e recebe diferentes acréscimos e interpretações, o que cria novos estilos e marcas autorais. Também, a cocada se tornou um tipo de doce muito popular dos tabuleiros e das vendas ambulantes. A presença marcante do coco – Cocos nuscifera – nos cardápios do Brasil representa um encontro entre o Ocidente e o Oriente, e é assim que se notabiliza uma cozinha multicultural.

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Museu do Açúcar e Doce

Links para museus da alimentação em todo mundo

Separamos alguns links com museus da gastronomia e alimentação em todo mundo para oferecer um painel único das muitas iniciativas que pautam o tema do comer e beber em nossa vida.

 

INICIATIVAS NO BRASIL

– Observatório da Gastronomia – http://observatoriodagastronomia.com.br/

– Revista Brasileira de Gastronomia – http://rbg.sc.senac.br/

– Florianópolis Cidade Criativa Unesco da Gastronomia – http://www.floripacreativecity.com/

– Belém Cidade Criativa Unesco da Gastronomia – http://www.belem.pa.gov.br/gastronomiacriativa/

– OCCA – https://www.facebook.com/occa.ceara/      

– Alere – Grupo de Pesquisa da História do Abastecimento e da Alimentação na Amazônia  – https://www.facebook.com/grupoalerehistoria/

– OBHA – http://obha.fiocruz.br/

– Articulação Nacional de Agroecologia – http://www.agroecologia.org.br/

– Slow Food Br – http://www.slowfoodbrasil.com/

– Museu da Gastronomia Baiana do Senac BA – http://www.ba.senac.br/museu/

– Seminário sobre o milho do MGB do Senac BA – http://www.ba.senac.br/museu/seminario.asp

 

Os links abaixo costumamos acessar atrás de informações para nossa região

– Epagri – https://www.epagri.sc.gov.br/

– Cepagro – Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo – https://cepagroagroecologia.wordpress.com/

– Rede Catarinense de Engenhos de Farinha – https://engenhosdefarinha.wordpress.com/

 

 

INICIATIVAS NO MUNDO

– Informações sobre as cidades que compõem a Rede Unesco de Cidades Criativas da Gastronomia e demais campos – https://en.unesco.org/creative-cities/creative-cities-map

– ODELA – Observatório de Alimentação – Universidade de Barcelona – http://www.ub.edu/odela/

– Slow Food Inter – https://www.slowfood.com/

 

Alimentarium Vevey, Switzerland
An eclectic collection, with images viewable online
http://www.alimentarium.ch/en

Baked Bean Museum of Excellence Port Talbot, Wales
In the home of “Captain Beany”
http://www.captainbeany.com/baked_bean_museum_of_excellence.html

Bakkerijmuseum Hattem, The Netherlands
Bakery museum housed in sixteenth-century baker’s house
http://www.bakkerijmuseum.nl/

Barbaryannis ouzo museum Plomari, Lesvos, Greece
Now this really appeals!
http://www.barbayanni-ouzo.com/ouzo-museum-lesvos.html

Brogdale Collections Faversham, U.K.
National fruit collection with over 4000 varieties
http://www.brogdalecollections.co.uk/

Bruges Beer Museum Bruges, Belgium
Does just what it says on the tin
http://www.brugesbeermuseum.com/index

Burnt Food Museum On-line
“Celebrating nearly two decades of Culinary Disaster”
http://www.burntfoodmuseum.com/

Canada Agriculture and Food Museum Ottawa, Canada
http://cafmuseum.techno-science.ca/en/

Cork Butter Museum Cork, Ireland
The story of Ireland’s most important food export and the world’s largest butter market
http://www.corkbutter.museum/

Colman’s Mustard Shop and Museum Norwich, UK
The real deal
http://www.mustardshopnorwich.co.uk/our-shop-and-museum-pgid8.html

Corn Palace Mitchell, South Dakota, USA
A folk-art wonder
http://cornpalace.com/

Culinary Arts Museum at Johnson & Wales University Providence, RI, USA
Expanding digital collection
https://www.culinary.org/

Currywurst Museum Berlin, Germany
Near Checkpoint Charlie; devoted to the curry/ketchup covered steamed and fried pork sausage snack
http://currywurstmuseum.com/en/

Das Schokoladenmuseum im Herzen Hamburgs Hamburg, Germany
Chocolate museum sponsored by Hachez, smaller than the one in Cologne
www.chocoversum.de

Deutsches Kochbuchmuseum Dortmund, Germany
Museum of cookbooks, due to (re)open at the end of 2015
http://www.dortmund.de/de/freizeit_und_kultur/museen/deutsches_kochbuchmuseum/startseite_dkbm/index.html

Deutsches Museum fuer Kockkunst und Kochbuecher Frankfurt, Germany
Great historic cookery museum
Www.tafelkultur.com

Économusée De La Brasserie St Paulin, Quebec
A microbrewery where the atmosphere and décor evoke the old-time taverns of New France
http://www.bonjourquebec.com/qc-en/attractions-directory/museum-interpretation-centre-historic-site/les-bieres-de-la-nouvelle-france-economusee-de-la-brasserie_23998514.html

Eesti Piimandusmuuseum Järvamaa, Estonia
Estonian dairy museum
http://www.piimandusmuuseum.ee/?Languages:in_English

Endangered Cake Museum New Orleans, USA
A wonderful concept! Now housed by the Southern Food and Beverage Museum
http://www.ediblegeography.com/endangered-cake-museum-update/
http://southernfood.org/

Escoffier Museum of Culinary Arts Villeneuve-Loubet, France
http://fondation-escoffier.org/

Frietkotmuseum Antwerp, The Netherlands
Detailed reconstruction of a chip stand from 1860, serving real chips in paper cones
http://www.frietkotmuseum.be/

Frietmuseum Bruges, Belgium
Dedicated to potato fries, and housed in one of Bruge’s loveliest buildings
http://www.frietmuseum.be/en/museum.htm

Gaziantep Culinary Museum Gaziantep, Turkey
Set in an old house down a cobbled side street; the cuisine of Southeast Turkey
http://turkishtravelblog.com/gaziantep-culinary-museum/

German Museum of Food Additives Essen, Germany
Does what it says on the tin. Sadly, according to Giano Balestriere, it is rarely open and hard to find
https://www.zusatzstoffmuseum.de/

Grain Academy Museum Calgary, Canada
History of the grain industry in Canada
http://www.grainacademymuseum.com/

HJ Heinz History Center Pittsburgh, USA
History of Heinz company and its products
http://www.heinzhistorycenter.org

Ingersoll Cheese and Dairy Museum Ingersoll, Ontario, Canada
Replica C19 cheese factory
http://www.wedohistory.ca/cheese

International Vinegar Museum Roslyn, South Dakota, USA
All you wanted to know about vinegar
http://internationalvinegarmuseum.com/

Klippfish Museum Kristiansund, Norway
A museum of air-dried salted cod
http://www.nordmore.museum.no/artikkel.aspx?MId1=1782&AId=498&back=1

La Cité du Vin Bordeaux, France
A child-friendly wine museum! Even the shape of the building evokes a glass of wine
http://www.laciteduvin.com/en

La Maison du Gruyère Pringy-Gruyère, Switzerland
Interactive exhibition of “the king of cheese” and restaurant
http://www.lamaisondugruyere.ch/accueil/

Le Musée du Bonbon Haribo sur Uzès dans le Gard Uzes, France
A whole museum for this popular sweet
http://www.museeharibo.fr/fr/

Lofoten Stockfish Museum Lofoten, Norway
Norway’s oldest export commodity (apart from the Vikings)
http://www.lofoten-info.no/stockfish.htm

Maple Syrup Museum of Ontario St. Jacob’s, Ontario, Canada
Small but perfectly formed
http://www.attractionscanada.com/Ontario/Waterloo/Maple-Syrup-Museum-of-Ontario-St-Jacobs-ON/default.asp

Musée de Champignon Saumur, France
Mushrooms in caves, mushrooms in cases, mushrooms on plates …
http://www.musee-du-champignon.com/

Musée du Foie Gras Frespech, France
One of many French Foie Gras museums, recommended by Kate Hill – history nd tastings!
http://www.souleilles-foiegras.com/boutique/fr/

Musée du fromage cheddar Saint-Prime, Quebec, Canada
Cheddar cheese museum
http://www.museecheddar.org/

Musée du Pruneaux Granges sur Lot France
A museum devoted to prunes!
http://www.bienvenue-a-la-ferme.com/lot-et-garonne/ferme-ferme-berino-martinet-musee-du-pruneau-149317/contact_plan_acces

Musée et Bibliothéque de la Gourmandise Hermalle-sous-Huy, Belgium
“The curious and entertaining history of cookery and food”. Wonderful!
http://www.musee-gourmandise.be/en/homepage-en

Musei del Cibo Parma, Italy
The food museums of Parma: Parmigiano Reggiano; Prosciutto di Parma; Salami; The tomato
http://www.museidelcibo.com/

Museo del Frutta Turin, Italy
The fruit museum of Turin
http://www.museodellafrutta.it/
Museo del Jamon Madrid

Really a delicatessen devoted to ham, with close to a thousand cured hams hanging from the ceiling like chandeliers
http://www.museodeljamon.es/

Museo Della Pasta Rome
Temporarily closed for reservation; supposed to re-open in 2017. Has excellent publications devoted to history of pasta
http://museodellapasta.it/wp/

Museon Arlaten Arles, France
Elisabeth Luard comments: similar ethnological rationale to the Pitt Rivers in Oxford but all about Provence. Worth it for the dried mole’s paws (so useful for weaving spells) alone, but most of all for the life-size panoramas of domestic scenes from trad Provençale life inc a gorgeous Souper Maigre
http://www.museonarlaten.fr/

Museu da Gastronomia Baina Salvador, Brazil
A museum of Afro-Brazilian culinary history
http://www.ba.senac.br/

Museum de Locht North Limburg, The Netherlands
A museum of life on the farm, focusing on asparagus, mushrooms, bread and beer – what could be better!
http://www.delocht.nl/

Museum of Bread Culture Ulm, Germany
http://www.museum-brotkultur.de/index.php?option=com_content&view=article&id=77&Itemid=59

Museum of Food and Drink Williamsburg, Brooklyn, NY
“The world’s first large-scale food museum…”
http://www.mofad.org/

Museum of Iberian Ham Aracena, Spain
Shares premises with a mushroom museum
http://www.museodeljamondemonesterio.com/

Museum PSYRI Athens, Greece
A museum of Greek gastronomy
http://www.gtp.gr/GastronomyMuseum

Museum of the American Cocktail New Orleans, USA
Mouthwatering
http://www.cocktailmuseum.org/

Museum of the Olive and Greek Olive Oil in Sparta Sparta, Greece
Looks beautiful! There are also olive museums in Naxos, Crete and Kefalonia
http://www.oliveoilmuseums.gr/ecportal.asp?id=55&nt=18&lang=2

Mustard Museum Doesburg, The Netherlands
http://www.doesburgschemosterd.nl/

National Museum of Pasta Foods Rome, Italy
Temporarily closed; reopening in 2015 (hopefully)
http://museodellapasta.it/wp/296-2/

National Mustard Museum Middleton, Wisconsin, USA
Runs the “world-wide mustard competition”
www.mustardmuseum.com

Norwegian Canning Museum Stavanger, Norway
http://www.museumstavanger.no/home/

Pitt Rivers Museum Oxford, UK
Not strictly a food museum, but many food-related exhibits in which the Symposium is taking an interest under the guidance of Linda Roodenburg
https://www.prm.ox.ac.uk/

Ponterfract Museum Ponterfract, UK
A combination of liquorice and art nouveau!
http://wakefieldmuseumsandlibraries.blogspot.com.au/p/pontefract-museum.html

Potato museums
Wikipedia has a huge list, although it seems not to be up to full wiki standards
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_potato_museums

Pulmuone Kimchi Museum Seoul, South Korea
Currently closed; may be reopening in new venue, March 2015
http://www.kimchimuseum.co.kr/foreigner/english/intro.asp

Sanliurfa Kitchen Museum Sanliurfa, Turkey
Preserving local food traditions in city nominated for UNESCO’s city of gastronomy
http://www.dailysabah.com/food/2014/12/18/sanliurfa-gets-museum-dedicated-to-food

Schokoladenmuseum Cologne, Belgium
The diverse history of cocoa and chocolate, sponsored by Lindt
http://www.schokoladenmuseum.de/start.html

Shin-Yokohama Raumen Museum Shinyokohama, Japan
“The world’s first food-themed amusement park”
http://www.raumen.co.jp/english/

Southern Food and Beverage Museum (SOFAB) New Orleans, USA
Food of the deep South
www.southernfood.org

Stichting Behoud en Bevording Fruitcultuur Doesburg, The Netherlands
A museum of old fruit varieties
http://www.tolderas.nl/

Strange and Unusual On-line
A listing of strange and unusual food museums, including a fish ball museum and a museum of celebrity leftovers, together with many that already appear in this list
http://www.atlasobscura.com/categories/food-museums

Tiptree (jam) Museum Tiptree, Essex, UK
With a rather nice tea shop
http://www.trooms.com/goto.php?sess=+A5C51465C5959+F1D42131744505D1D1D58+E+C57+9+95B57405F475A1B125D14+543&id=34

Torino wax fruit museum Torino, Italy
Over a thousand “artificial plastic fruits”, all modeled by the same man
http://www.comune.torino.it/musei/en/elenco/museofrutta.shtml

Truffle Museum Cahors, France
Run by Pebeyre family on their farm
http://www.thefrenchfarm.com/brands-of-products/pebeyre

Twinings Tea Museum London, UK
A small museum in a large tea shop that is a museum in itself
http://www.twinings.co.uk/about-twinings/216-strand

Virtual Food Museum On-line
Linda Roodenburg’s great creation – an Internet food museum!
www.foodmuseum.nl

World Carrot Museum On-line
More about carrots than you ever wanted to know
http://www.carrotmuseum.co.uk/

 

 

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